TARSILA AMARELA POR ANA CLARA WATANABE
MARTINELLI BUILDING, SÃO PAULO : BRAZIL
MAY 28TH 2024
PHOTOGRAPHED BY FERNANDO SCHLAEPFER
MAY 28TH 2024
PHOTOGRAPHED BY FERNANDO SCHLAEPFER
É através do entrelaço entre sua vivência no interior de São Paulo, a cidade de Pindamonhangaba, e a interpretação sobre a capital, sua casa nos últimos anos, que a artista visual e designer brasileira, Ana Clara Watanabe, constrói uma leitura delicada e vívida sobre a ótica da industrialização no Brasil, presente nas obras E.F.C.B (Estrada de Ferro Central do Brasil), São Paulo e São Paulo (GAZO) da pintora e desenhista brasileira, Tarsila do Amaral, que completam 100 anos em Maio.
À convite do Grupo Tarsila em tom de celebração do marco centenário das pinturas da pintora, as dez peças confeccionadas por Watanabe são marcadas pelo retorno das cores primárias, remetendo ao primeiro desfile de estréia da artista, "Geleia Geral: A antropofagia tropicalista", realizado em 2019. Seguindo a mesma lógica, em "Tarsila Amarela", Ana se aproxima da moda enquanto exposição artística como forma de expressão, diferente do trabalho indumentário que estabeleceu em sua marca WTNB nos últimos anos.
Ana Clara promove um diálogo entre o rural e o industrial, refletindo sua própria experiência pessoal em ambos os cenários, através do reencontro com o uso e reaproveitamento da tapeçaria como obra prima, já presente em trabalhos anteriores da designer, somado a aplicação de resíduos do café para desenvolvimento de aviamentos, vidros e plásticos reciclados.
Elementos que não somente dão tons mais monumentais do que wearable às peças, mas que carregam consigo o simbolismo da industrialização, cerne do trabalho de Tarsila, como intrínseco aos próprios materiais utilizados. A forte presença de figuras geométricas nas obras de Tarsila também são retratadas de uma forma que conversam com o design oriental, marca registrada do trabalho de Ana, criando um ponto de intersecção entre as produções de ambas as artistas.
A própria confecção das roupas carregam valores representativos presentes no seu trabalho. A artista busca não somente traduzir a forte influência que o interior teve em suas peças, mas
também aspira fomentar a produção artística no local, priorizando e incentivando a mão de obra independente e o resgate da potência criativa interiorana. É por isso que Pindamonhangaba, cidade que sediou e influenciou sua carreira no mundo da moda, é palco de toda confecção da WTNB. Ana construiu uma comunidade com fornecedores independentes que trabalham com alfaiataria, técnicas têxteis manuais e bordados.
Já a coleção "Tarsila Amarela" também contará com a parceria da designer com a renomada instituição de ensino, Senac Pindamonhangaba. A unidade educacional sediou a confecção e elaboração das peças — realizada pelos estudantes e docentes da área de moda — do próximo desfile autoral da artista, que será realizado em maio de 2024.
No que tange aos materiais utilizados, Ana seguiu padrões já estabelecidos em sua marca, WTNB, prezando pelo pilar da sustentabilidade, traduzido nas parcerias com a HEINEKEN, com a criação de acessórios provenientes de garrafas de vidro da marca recicladas; COROZITA Botões, com o desenvolvimento de botões geométricos produzidos com resíduos de café doados pela Nespresso; INNOVATIV Têxtil, que criou um processo de reaproveitamento de tecidos da linha de home decor, utilizando algodões reciclados em sua composição, e VICUNHA, na confecção de denim produzidos com algodão regenerativo, técnica que reduz o uso de produtos químicos; regenera e mantém a saúde do solo; promove a biodiversidade e utiliza apenas água da chuva em seu cultivo, reduzindo assim a pegada hídrica na produção têxtil.
Indo de encontro com as produções figurativas de Ana Clara Watanabe, a sede da coleção será exibida no icônico Edifício Martinelli, que marcou a ascensão da verticalização da arquitetura paulistana, reforçando a própria produção de Watanabe em sua interpretação pessoal sobre as obras de Tarsila que traduzem São Paulo e suas nuances industriais. Ao lado da Heineken Brasil, a artista também apresenta novas propostas de esculturas usando vidro reciclado da marca.
O evento conta com o apoio da FLAGCX e da CEUSA Cerâmicas.
À convite do Grupo Tarsila em tom de celebração do marco centenário das pinturas da pintora, as dez peças confeccionadas por Watanabe são marcadas pelo retorno das cores primárias, remetendo ao primeiro desfile de estréia da artista, "Geleia Geral: A antropofagia tropicalista", realizado em 2019. Seguindo a mesma lógica, em "Tarsila Amarela", Ana se aproxima da moda enquanto exposição artística como forma de expressão, diferente do trabalho indumentário que estabeleceu em sua marca WTNB nos últimos anos.
Ana Clara promove um diálogo entre o rural e o industrial, refletindo sua própria experiência pessoal em ambos os cenários, através do reencontro com o uso e reaproveitamento da tapeçaria como obra prima, já presente em trabalhos anteriores da designer, somado a aplicação de resíduos do café para desenvolvimento de aviamentos, vidros e plásticos reciclados.
Elementos que não somente dão tons mais monumentais do que wearable às peças, mas que carregam consigo o simbolismo da industrialização, cerne do trabalho de Tarsila, como intrínseco aos próprios materiais utilizados. A forte presença de figuras geométricas nas obras de Tarsila também são retratadas de uma forma que conversam com o design oriental, marca registrada do trabalho de Ana, criando um ponto de intersecção entre as produções de ambas as artistas.
A própria confecção das roupas carregam valores representativos presentes no seu trabalho. A artista busca não somente traduzir a forte influência que o interior teve em suas peças, mas
também aspira fomentar a produção artística no local, priorizando e incentivando a mão de obra independente e o resgate da potência criativa interiorana. É por isso que Pindamonhangaba, cidade que sediou e influenciou sua carreira no mundo da moda, é palco de toda confecção da WTNB. Ana construiu uma comunidade com fornecedores independentes que trabalham com alfaiataria, técnicas têxteis manuais e bordados.
Já a coleção "Tarsila Amarela" também contará com a parceria da designer com a renomada instituição de ensino, Senac Pindamonhangaba. A unidade educacional sediou a confecção e elaboração das peças — realizada pelos estudantes e docentes da área de moda — do próximo desfile autoral da artista, que será realizado em maio de 2024.
No que tange aos materiais utilizados, Ana seguiu padrões já estabelecidos em sua marca, WTNB, prezando pelo pilar da sustentabilidade, traduzido nas parcerias com a HEINEKEN, com a criação de acessórios provenientes de garrafas de vidro da marca recicladas; COROZITA Botões, com o desenvolvimento de botões geométricos produzidos com resíduos de café doados pela Nespresso; INNOVATIV Têxtil, que criou um processo de reaproveitamento de tecidos da linha de home decor, utilizando algodões reciclados em sua composição, e VICUNHA, na confecção de denim produzidos com algodão regenerativo, técnica que reduz o uso de produtos químicos; regenera e mantém a saúde do solo; promove a biodiversidade e utiliza apenas água da chuva em seu cultivo, reduzindo assim a pegada hídrica na produção têxtil.
Indo de encontro com as produções figurativas de Ana Clara Watanabe, a sede da coleção será exibida no icônico Edifício Martinelli, que marcou a ascensão da verticalização da arquitetura paulistana, reforçando a própria produção de Watanabe em sua interpretação pessoal sobre as obras de Tarsila que traduzem São Paulo e suas nuances industriais. Ao lado da Heineken Brasil, a artista também apresenta novas propostas de esculturas usando vidro reciclado da marca.
O evento conta com o apoio da FLAGCX e da CEUSA Cerâmicas.
It is through the interlinkage between her experience in the interior of São Paulo, the city of Pindamonhangaba, and the interpretation about the capital, her home in recent years, that the Brazilian visual artist and designer, Ana Clara Watanabe, builds a delicate and vivid reading on the optics of industrialization in Brazil, present in the works E.F.C.B (Estrada de Ferro Central do Brasil), São Paulo and São Paulo (GAZO) of the painter and designer Brazilian, Tarsila do Amaral, which completes 100 years in May.
At the invitation of the Tarsila Group in the tone of celebrating the centenary mark of the painter's paintings, the ten pieces made by Watanabe are marked by the return of primary colors, referring to the artist's first debut parade, "Geleia General: A tropicalist anthropofagia", held in 2019. Following the same logic, in "Tarsila Amarela", Ana approaches fashion as an artistic exhibition as a form of expression, different from the clothing work that she has established in her WTNB brand in recent years.
Ana Clara promotes a dialogue between the rural and the industrial, reflecting her own personal experience in both scenarios, through the reunion with the use and reuse of tapestry as a prime work, already present in previous works of the designer, plus the application of coffee waste for the development of aircraft, glass and recycled plastics.
Elements that not only give more monumental than wearable tones to the pieces, but that carry with them the symbolism of industrialization, the heart of Tarsila's work, as intrinsic to the materials themselves used. The strong presence of geometric figures in Tarsila's works is also portrayed in a way that contrasts with oriental design, a trademark of Ana's work, creating a point of intersection between the productions of both artists.
The fabric itself of the clothes carry representative values present in their work. The artist seeks not only to translate the strong influence that the interior had on her works, but
It also aspires to foster artistic production on the ground, prioritizing and encouraging an independent workforce and the rescue of internal creative power. That is why Pindamonhangaba, the city that hosted and influenced his career in the fashion world, is the stage of all WTNB clothing. Ana has built a community with independent suppliers working with carpentry, manual textile techniques, and embroidery.
The "Tarsila Amarela" collection will also have the designer's partnership with the renowned educational institution, Senac Pindamonhangaba. The educational unit hosted the confection and elaboration of the pieces — carried out by the students and teachers of the fashion area — of the artist’s next authors’ show, which will be held in May 2024.
As far as the materials used are concerned, Ana has followed the standards already established in her brand, WTNB, appreciating the pillar of sustainability, translated into partnerships with HEINEKEN, with the creation of accessories from recycled glass bottles of the brand; COROZITA Buttons, with development of geometric buttons produced from coffee residues donated by Nespresso; INNOVATIVE Textile, which has created a process of reuse of fabrics of the home decor line, using recovered cotton in its composition, and VICUNHA, in the making of denim produced with regenerative cotton, a technique that reduces the use of chemicals; regenerates andins the health of the soil; promotes biodiversity and uses only rainwater in its cultivation, thereby reducing the hydraulic footprint in textile production.
Going to meet with the figurative productions of Ana Clara Watanabe, the headquarters of the collection will be displayed in the iconic Martinelli Building, which marked the rise of the verticalization of Paulistani architecture, reinforcing Watanabe's own production in his personal interpretation of the works of Tarsila that translate São Paulo and its industrial nuances. Alongside Heineken Brazil, the artist also presents new proposals of sculptures using recycled glass from the brand.
The event has the support of FLAGCX and CEUSA Cerâmicas.
At the invitation of the Tarsila Group in the tone of celebrating the centenary mark of the painter's paintings, the ten pieces made by Watanabe are marked by the return of primary colors, referring to the artist's first debut parade, "Geleia General: A tropicalist anthropofagia", held in 2019. Following the same logic, in "Tarsila Amarela", Ana approaches fashion as an artistic exhibition as a form of expression, different from the clothing work that she has established in her WTNB brand in recent years.
Ana Clara promotes a dialogue between the rural and the industrial, reflecting her own personal experience in both scenarios, through the reunion with the use and reuse of tapestry as a prime work, already present in previous works of the designer, plus the application of coffee waste for the development of aircraft, glass and recycled plastics.
Elements that not only give more monumental than wearable tones to the pieces, but that carry with them the symbolism of industrialization, the heart of Tarsila's work, as intrinsic to the materials themselves used. The strong presence of geometric figures in Tarsila's works is also portrayed in a way that contrasts with oriental design, a trademark of Ana's work, creating a point of intersection between the productions of both artists.
The fabric itself of the clothes carry representative values present in their work. The artist seeks not only to translate the strong influence that the interior had on her works, but
It also aspires to foster artistic production on the ground, prioritizing and encouraging an independent workforce and the rescue of internal creative power. That is why Pindamonhangaba, the city that hosted and influenced his career in the fashion world, is the stage of all WTNB clothing. Ana has built a community with independent suppliers working with carpentry, manual textile techniques, and embroidery.
The "Tarsila Amarela" collection will also have the designer's partnership with the renowned educational institution, Senac Pindamonhangaba. The educational unit hosted the confection and elaboration of the pieces — carried out by the students and teachers of the fashion area — of the artist’s next authors’ show, which will be held in May 2024.
As far as the materials used are concerned, Ana has followed the standards already established in her brand, WTNB, appreciating the pillar of sustainability, translated into partnerships with HEINEKEN, with the creation of accessories from recycled glass bottles of the brand; COROZITA Buttons, with development of geometric buttons produced from coffee residues donated by Nespresso; INNOVATIVE Textile, which has created a process of reuse of fabrics of the home decor line, using recovered cotton in its composition, and VICUNHA, in the making of denim produced with regenerative cotton, a technique that reduces the use of chemicals; regenerates andins the health of the soil; promotes biodiversity and uses only rainwater in its cultivation, thereby reducing the hydraulic footprint in textile production.
Going to meet with the figurative productions of Ana Clara Watanabe, the headquarters of the collection will be displayed in the iconic Martinelli Building, which marked the rise of the verticalization of Paulistani architecture, reinforcing Watanabe's own production in his personal interpretation of the works of Tarsila that translate São Paulo and its industrial nuances. Alongside Heineken Brazil, the artist also presents new proposals of sculptures using recycled glass from the brand.
The event has the support of FLAGCX and CEUSA Cerâmicas.
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FASHION DESIGNER/VISUAL ARTIST
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